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sábado, 25 de julho de 2015

TEMPO CABORTEIRO



Encosta os tições Juvêncio,
que a noite vai ser baguala,
só tenho meu velho pala,
um pelego e a badana
e pra não melar de novo,
vou ajeitar perto do fogo,
um arremedo de cama.

O dia foi tenebroso,
desde cedo meu parceiro,
este tempo caborteiro,
me guasqueou com seu açoite,
mas com o calor da chama,
neste improviso de cama,
vou pelear com o frio da noite.

Amanhã depois do mate,
eu me boto na estrada,
cedito quebrando a geada,
pra chegar no meu rincão,
então na noite brasina,
terei o calor da china,
sem ter que dormir no chão!

“Oiga” tempo caborteiro,
que congela até os ossos,
mas com fogo, mate e china,
dá o tempero que gosto!

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