terça-feira, 26 de julho de 2016
sábado, 16 de julho de 2016
SEM UM RANCHO SÓ SEU
E
passaram-se os anos branqueando a melena
daquele xiru que viveu solitário
de
estância em estância sem ter paradeiro
e miles e
miles de lindas chinocas
passaram
a “lo largo” na estrada da vida
e a sorte
esquecida deixou-lhe solteiro
Foi
taura valente peleou como tantos
de lança
e adaga nos campos sulinos
seu
tempo passou sem um rancho só seu
só Deus,
seu Patrão que ainda lhe resta
conduz
seu cavalo de lombo pisado
lembrando
um passado que pouco viveu
Recolheu-se
o taura num galpão alheio
assim
como sempre sua vida passou
pitando
um palheiro junto ao fogo de chão
sorvendo
um mate com a erva lavada
ainda
esperando que mude sua sorte
ou o
sopro da morte lhe apague o lampião
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