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terça-feira, 28 de novembro de 2023

NUMA NOITE PRATEADA


A lua cheia se espalha

pelas várzeas e coxilhas

sendo a oitava maravilha

com o brilho de safira

que lá do céu se atira

qual uma cortina de prata

com o encanto das cascatas

onde o silêncio se retira


Cai um pedaço de lua

nas asas de um pirilampo

e num passageiro relampo

na noite zigue-zagueando 

quem sabe um código mandando

no seu voo desinquieto 

pra ter também o afeto

de alguém que'stá lhe esperando


Vou contemplando minha sombra

que na estrada se projeta

e com cisma de poeta

um soneto de improviso

na minha ideia diviso

quando se acertam as rimas

e a lua lá de cima 

me ajuda se for preciso


Prossigo pela estrada

em companhia da lua 

rumo ao rancho da chirua

pra umas horas de afago

a mais linda do meu pago

minha eterna paixão 

que só o meu coração 

sabe o que nele trago