Foto de Janaína Real de Moraes |
A tarde se enferruscou
e bufando pelas ventas,
despejou uma tormenta,
escurecendo mais cedo,
metendo um certo medo,
co’as nuvens num
reboleio,
causando um dano feio,
nos galpões e no
arvoredo.
A palma benta
queimando,
uma cruz de sal na
mesa,
um terço e uma vela
acesa,
em frente à Santa Bárbara.
Enquanto o vento faz
carga
e tudo lá fora entorta,
cá dentro uma oração
conforta,
o rancho em horas
amargas.
Merma o vento e com a
chuva,
a tarde fica mais
clara,
o sol depois mostra a
cara
e a tormenta vai
embora,
fica a marca da
melhora,
qual uma borda de
pires,
nas cores vivas de um
arco-íris,
neste céu aqui de fora.