Levo
bem longe,
a
cultura do Rio Grande,
mesmo
que ande, a cavalo ou a pé
e
tenho orgulho, de ser cria desta pampa,
a
minha estampa, lembra a raça de Sepé.
Levo
comigo,
as
tradições de um povo,
sou
sangue novo sem renegar o passado,
andar
cantando e usar pilcha me faz bem
e ter
alguém, pra um carinho mais chegado.
O meu
pala,
tem as
cores da bandeira,
e a
poeira, desta terra colorada,
uso
espora, tal qual um galo de rinha,
e
sobre a pinha, uma boina atravessada.
Não
tenho ciúmes,
mas
frescura não tolero,
sou
bem sincero, quando uma prenda me quer,
não
sou de briga, vivo alegre e satisfeito,
mas
por respeito, na cintura “meus talher”.
Se
algum dia,
por
força do meu destino,
teatino,
ter que vagar por outros rumos,
darei
a alma, pra voltar ao velho ninho,
porque
sozinho, não fico nem me acostumo.
Quero
deixar,
uma
herança pra piazada,
que
foi herdada, por meu pai e me passou,
de ser
gaúcho e defender com unha e dente,
toda
esta gente e a terra que me gerou.
Patrão
do Céu,
na
hora que me chamar,
deixa
eu ficar, aí nessa santa paz,
sem
tirar, de São Pedro a autoridade,
na
Estância da Eternidade, de segundo capataz.