Foto de Giancarlo M. de Moraes |
Assim que se
viu taludo,
quis se mandar
pelo mundo,
não pra ser
mais um vagabundo,
andar sujo e
melenudo.
Seu desejo era
saber tudo,
sobre o que
pode um vivente,
se misturar
noutra gente,
matar a
curiosidade
e ser um homem
de verdade,
sem renegar a
vertente.
Encilhou o
baio ruano,
que saiu
mascando o freio,
pra alimentar
seus anseios,
com pinta de
um veterano.
Acompanhando o
Minuano,
batia cascos
solito,
fumaceando um
longo pito,
igual o avô
fazia
e na
imaginação ouvia
a ânsia lhe
dando gritos.
Partiu com o
aval do pai
e da sua mãe o
soluço,
porém o forte
aguço,
lá dentro
dizia: vai,
só quem é
fraco não sai.
Então ouvindo
o consciente,
com sonhos de
adolescente,
rumou ao
desconhecido,
buscando da
vida o sentido,
que palpitava
na mente.
..................................................
A vida lhe deu
essências,
como sonhou o
guri,
andou daqui
para li,
acumulou
experiência.
Com o fardo da
vivência,
e muitos anos
na anca,
um dia voltou
a estampa,
mascando
reminiscências,
à porteira da
querência,
um senhor de
barba branca.
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