Foto de Giancarlo M. de Moraes |
Quantas noites mal
dormidas
com a carcaça
molhada
por corredores e
estradas
tropeando aqui e ali
foram cavacos da
lida
de uma infância
sofrida
da qual herdou o
guri
Noites de ponchos e
pelegos
geada e fogo-de-chão
também noites de verão
de estrelas e lua
cheia
noite escura e ronda
braba
quando o cansaço
desaba
e o sono vem e
boleia
Longas foram as
jornadas
com seu avô e o pai
e assim como tudo vai
foram-se também as
prosas
e nas noites quase
sem fim
passava o vento
clarim
ecoando notas
penosas
E hoje de barba
branca
recordar é o que lhe
resta
quando a saudade
molesta
o que não cicatrizou
e no baú da
lembrança
é onde guarda a
herança
que de tropear lhe
tocou
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