Foto própria |
O
vento calmo do fim da tarde convidou a taquareira pra dançar. Preguiçosamente seus
cabelos se balançaram perdidos no compasso de uma dança lenta e de uma música
surda.
Um bando de pássaros, hóspedes da noite, chegou num grande alarido para ocupar as “suítes”, sem perceber que atrapalhava o clima romântico vespertino.
Com isso, num repente, o vento irritado soprou mais forte, a cabeleira tornou-se esvoaçante e mesmo contrariada, a dança continuou num novo ritmo.
O sol retirou-se do “salão”, dando lugar à lua que com sua delicadeza e luz de prata, vagarosamente foi deixando as nuvens para que os dançarinos voltassem praquele sonho romântico.
O vento ignorando a bondade da lua extravasou sua ira em rajadas mais fortes, trazendo pesadas nuvens escuras e carregadas, dando fim ao sonho que não chegou a ser sonho, sem que a convidada tivesse culpa.
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