Foto de Gilberto Moraes Junior |
Adelgacei bem
o zaino,
aparei os
cascos, tosei.
Madrugadita
encilhei
e fui visitar
um amigo.
Corredores e
picadas,
estradas
empoeiradas,
mas era justo
o motivo.
Um fiambrezito
a capricho
e um
“biotônico” na bota.
Quem vai
alegre nem nota,
quando se
espicha a distância,
apenas sente o
balanço,
o vento
batendo manso,
e no coração
uma ânsia.
Uma sesteada,
um descanso,
uma folga dos
arreios,
pra o pingo um
pastoreio,
depois, de
novo a estrada.
O sol me torra
a melena,
mas claro que
vale a pena,
sem amigo, não
sou nada!
Vou lhe pagar
a visita,
que me fez
“j’algum” tempito,
levar um
regalo ao piazito,
que batizei no Natal.
Já tem estampa
de homem
e escolheram o
nome,
igual ao meu,
bem igual!
Quero abraçar
meu compadre,
amigo desde
piá,
dois dias tiro
por lá,
lambendo o
afilhado.
Tapo o guri de
carinho,
porque aquele
piazinho,
deixa meu colo
sovado!
Desta vez eu
vou solito,
pois o meu
tempo é pouco,
daqui uns dias
vem o sufoco,
da planta e da
capina,
mas já está
nos meus planos,
que mais para
o fim do ano,
vou com a
gurizada e a china!
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