O galope do meu mouro
ia no mesmo compasso
da milonga do assobio
e a madrugada tordilha
ansiosa esperava o sol
pra se ver livre do frio
Num tranquito pela estrada
três cuscos de batedores
e outro cusquinho lá atrás
a Dalva fraqueja o brilho
e mais um dia se achega
num horizonte de paz
Tiro o chapéu e agradeço
também peço proteção
pra mim pros cuscos e o cavalo
o vento leva minha prece
e o dia também reza
pela garganta de um galo