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segunda-feira, 12 de agosto de 2024

AO TRANQUITO


Com as rédeas soltas

sobre as crinas cruzadas

ao passo na estrada

o taura se foi

e a velha carreta

de muitas jornadas

rodava cansada

seguindo os bois


E o sol declinando

no rubro poente

refletiu na corrente

da água do rio

levando o dia

pra mais um pernoite 

e na boca da noite

a boieira surgiu


E o taura montado

vislumbrava a silhueta

da velha carreta

no jugo dos bois

de arreio sovado

prosseguiu noite adentro

e num tranquito lento

assobiando se foi

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