Desceu roncando pra várzea,
o trator com um arado,levando um peão tarimbado,
para lidar no plantio,
fincar na terra a semente,
no tempero do sol quente
e a água vinda do rio.
As taipas vão serpenteando,
pela lavoura afora,esperando então a hora,
do banho inaugural,
enchendo quadro por quadro,
qual um piso espelhado,
pra verdejar o arrozal.
Bate o trator noite e dia,
num compasso redundante,bombando lá no levante,
como sendo um coração
e se aprontando a lavoura,
torna-se uma prenda loura,
por quem se apaixona o peão.
Depois da farta colheita,
pras casas o trator voltae muita china se solta,
levando as crias consigo,
se espalhando na lavoura,
qual exército de vassouras,
pra recrutar o respigo.
Excelente! Quem já esteve lá, mesmo que só assistindo, consegue imaginar as cenas por ti versadas!!
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