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segunda-feira, 18 de junho de 2012

PILCHA

Foto própria
                                                                     


Sombreando minha melena,
um debochado chapéu,
que volta e meia eu ajeito,
ou retiro com respeito,
pra prosear com o Pai do Céu!

Uma camisa de manga,
amarelada do tempo
e por vezes uma blusa,
quando o Minuano abusa,
lambendo as franjas do lenço.

Na cintura a guaiaca,
lonqueada de um capincho,
se desprende com a fivela,
quando eu preciso dela,
pra resolver um bochincho.

A bombacha de riscado,
hoje com o pano puído,
é veste do dia a dia,
mas quando nova, se escondia,
nas chitas de algum vestido.

Minhas botas campeiras,
já pelos loros marcadas,
sustentam esporas rasteiras,
o esterco das mangueiras,
junto com o pó das estradas.

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