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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

EXALTAÇÃO TELÚRICA


Sou o canto espichado
de um galo nas madrugadas,
sou palanque nas invernadas,
sou do meu pago a estampa,
sou entrevero de guampas
sou o assobio do vento,
sou sentinela atento
nas coxilhas deste pampa.

Sou rancho de João-de-barro,
sou um umbu majestoso,
sou potro abanando o toso,
sou um lenço colorado,
sou legenda do passado,
sou um caminho no campo,
sou brilho de pirilampo
iluminando meu pago.

Sou gado manso das casas
ruminando no potreiro,
sou o grito do campeiro,
sou veterano sou taita,
sou resistência de taipa,
sou esteio de galpão,
sou afinado violão
amadrinhando uma gaita.

Sou mato virgem de lei,
sou rio manso serpenteando,
sou domador se agarrando,
sou o pasto verdejante,
sou o oh de casa! do andante,
sou o sol de um novo dia,
sou voz que não silencia
exaltando meu Rio Grande!

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