que a noite vai ser baguala,
só tenho meu velho pala,
um pelego e a badana
e pra não melar de novo,
vou ajeitar perto do fogo,
um arremedo de cama.
O dia foi tenebroso,
desde cedo meu parceiro,
este tempo caborteiro,
me guasqueou com seu açoite,
mas com o calor da chama,
neste improviso de cama,
vou pelear com o frio da noite.
Amanhã depois do mate,
eu me boto na estrada,
cedito quebrando a geada,
pra chegar no meu rincão,
então na noite brasina,
terei o calor da china,
sem ter que dormir no chão!
“Oiga”
tempo caborteiro,
que
congela até os ossos,
mas
com fogo, mate e china,
dá
o tempero que gosto!