Na estrada cada carreteiro com seu destino e nas casas cada
pessoa com sua história.
E na carga das carretas iam se ajeitando as quitandas e nas
casas as moças espiavam pela janela os carreteiros. Por baixo das carretas, os
cuscos tranqueavam assoleados e os das casas, saiam para a estrada pra pelear.
E os bois na estrada, cutucados pela picana de taquara,
puxavam preguiçosamente a carreta e nas casas, os bois ruminavam no potreiro, à
sombra das taquareiras.
Na estrada, a fumaça dos palheiros serpenteava em
direção ao céu e nas casas, a fumaça dos fogões esgueirava-se por entre o
galpão e o arvoredo.
Na estrada, a voz cantada do carreteiro chamava a junta da
ponta e nas casas o canto de uma mãe fazia a cria dormir.
E na estrada, hoje, a carreta não passa mais e nas casas as
moças não espiam mais na janela e os cuscos latem por trás da tela.
Muito lindo o texto!
ResponderExcluirObrigado volte sempre!
ExcluirQue beleza meu amigo, retratando o tempo das carretas.. Grande abraço
ResponderExcluirObrigado. Volte sempre. Abraço!
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