Morreu
a Siá Laurinda
sem
saber qual sua idade
sem
conhecer a cidade
sem
ter filhos nem marido
com
o coração repartido
entre
o amor e a bondade
Ninguém
sabia de onde
era
sua procedência
mas
conheciam sua ciência
através
das benzeduras
dos
chás e de suas curas
pela
Divina Providência
Miles
de partos atendeu
sem
cobrar nenhum tostão
nem
nunca deixou pagão
a
quem por suas mãos viu a luz
e
sempre em nome de Jesus
abençoava
o cristão
(.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .)
Hoje
as daninhas tomam conta
da
farmácia do terreiro
seu
consultório campeiro
só
com a metade em pé
onde
as curas pela fé
não
quiseram ter herdeiro
Com
certeza Siá Laurinda
descansa
no céu agora
talvez
relembrando a flora
que
usou em sua medicina
e
na Querência Divina
faz
chá pra Nossa Senhora
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