Soltou
um bafo das ventas,
se
embodocou e rompeu.
Rezei
pedindo pra Deus
que
me desse proteção,
juntei
a crina na mão
e
me calcei na espora
e
saímos campo fora
fazendo
tremer o chão.
Se
encolhia e se espichava
e
eu baixando o porrete,
e
se não fosse ginete
eu
não ficava em cima,
pois
entendo da esgrima
e
mantenho a minha estampa,
o
mango guasqueia a anca
deixando
toda brasina.
Gosto muito desta lida,
levo ela no capricho.
Faz parte da minha vida,
meu ganha-pão meu ofício!
Um
bagual já refugado
por
peão de outra estância,
mas
eu sempre tive ânsias
de
domar um cavalo assim,
é
coisa que vem em mim
desde
o tempo de piazote,
enquanto
não firma o trote,
a
doma não chega ao fim.
Não
judio nem machuco,
mas
monto todas as semanas.
O
olhar nunca me engana,
me
firmo bem e me casco.
Até
hoje não fez fiasco
cavalo
que eu domei,
foi
assim que me criei,
me
desdobrando no basto.
Eu
nunca fui exibido
nem
tão pouco pacholento,
por
PUJOL me apresento,
é
assim que sou conhecido,
com
doma é que mais lido
mas
também atiro o laço
e
nas rodilhas o abraço
deste
peão para os amigos.
(para o meu amigo Julio Pujol, domador
de respeito que muito considero).
Belíssima poesia, dedicada só amigo Pujol! 👏👏👏
ResponderExcluirObrigado. Volte sempre!
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