Espalhou-se na vizinhança,
que a moça bateu asas,
mandou-se, fugiu de casa.
A mãe chora pelos cantos,
com velas e rezas pros santos
e o pai se botou na estrada.
Ninguém suspeita de nada,
ninguém sabe ninguém viu.
Será que bandeou o rio,
para o lado da Argentina,
para ser mais uma china
a viver no desvario?
Uma semana, um mês
e o mistério continua.
Quem carregou a chirua?
É a pergunta que não cala.
A velha quase não fala
e apenas com mate dejua.
O silêncio tomou conta,
d'um rancho sem alegria
e miles de Ave-Marias,
são rezadas com fervor,
pra que as asas do amor,
traga a moça um dia!
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