No terreiro lá de fora
a vassoura de carqueja
dançava todas as manhãs
era mais uma peleja
de muitas outras tarefas
que tinham minhas irmãs
No terreiro lá de fora
tinha um pé de laranjeira
onde os sabiás faziam ninhos
e uma frondosa figueira
onde eu sorrateiramente
negaçeava os passarinhos
No terreiro lá de fora
tinha galinhas patos e gansos
e um angico plantado
uma corda pra balanço
a casa do meu cachorro
e um cocho feito a machado
No terreiro lá de fora
tinha um antigo rebolo
para afiar as ferramentas
tinha um forno de tijolo
e um taquaral bem fechado
pra o lado que vem tormentas
No terreiro lá de fora
tinha as minhas mangueiras
que não tenho na cidade
lá sobrevive a figueira
e o tronco seco do angico
palanqueando minha saudade
Que beleza meu amigo. Tuas poesias nos levam de retorno ao passado e jogam no centro de um passado gostoso, do piá ajudando na lida das casas, jogando bonitas ou brincando com o cusco. Parabéns e obrigado por repartir com nós, tuas lembranças.
ResponderExcluirGracias parceiro. Palavras que nos dão estímulo, vindas de um taura como tu.
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