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quarta-feira, 28 de junho de 2023

ENTRE O REAL E O SONHO

A criança que eu fui

às vezes em mim desperta

não tem dia nem hora certa

quando vejo sou guri

cavalgando aqui e ali

no lombo do devaneio 

sem os pelegos e o freio

na querência onde nasci 


Não escolho itinerário 

nas fantasiosas jornadas

 recorro muitas estradas

e corredores sem fim

mas volto pra donde vim

pois o pingo sabe o rumo

e na garupa me arrumo

porque o guri quer assim


Sem ter hora pra voltar

prossigo a cavalgada

e pelo meio da estrada

reparto uma tropa de nilos

e num galopar tranquilo 

vislumbro o rancho tristonho

e entre o real e o sonho

o guri tira um cochilo


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