Na hora do chimarrão,
pra judiar meu coração,
veio um gole de saudade.
Devagarito desceu,
queimando até o meu eu,
sem dó e nem piedade!
Meus lábios beijaram a prata
e daquele verde de mata,
veio de novo a saudade.
Me perguntei naquela hora:
por que eu vim lá de fora,
por que eu vim pra cidade?
Cada gole de saudade,
que sorvo aqui na cidade,
queima meu peito na hora.
Mesmo assim sigo mateando
e aos pouco vou consolando,
a ânsia de ir pra fora!
Numa postura de monge,
em pensamento vou longe
quando a saudade me vem.
Na cuia entrelaço os dedos,
pois talvez venham segredos,
nos goles que ainda tem.
Este é um mate da saudade. Quando o xirú volta onde ficou o coração.
ResponderExcluirDe fato parceiro. Obrigado pela visita. Volte sempre!
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