Patrão do Céu agradeço
por estes momentos santos
quando "bombeio" o campo
daquele guri madrinheiro
mais tarde taura campeiro
fazendo sempre o melhor
e onde derramei o suor
nos mormacentos janeiros
E nas geadas macanudas
ou na carga do Minuano
este taura pampiano
fosse de noite ou de dia
a cavalo percorria
tendo o poncho como abrigo
e hoje aqui só revivo
tudo tudo o que eu fazia
Minha vista não é a mesma
e vê o campo embaçado
mal e mal divulgo o gado
e as ovelhas não vejo
do açude só um lampejo
quando o sol dá um pitaco
vislumbro lá longe o mato
palco de muitos falquejos
Mesmo assim te agradeço
Patrão Bueno das Alturas
de permitir esta criatura
campeirar pelo passado
e que os olhos embaçados
que enfumaçam o campo
sentem comigo num banco
pra que eu sonhe acordado
Pode não ter a antiga força no braço,
ResponderExcluirMas a saudade trás de arrasto
Bate forte, a força do pensamento ,
E o olhar embaçado, traz junto um lamento
Do velho tempo bonito de piá,
E uma lágrima teima em escapar
Pois sabe que tudo não vai voltar.
Grande e linda poesia meu amigo.
Recordar é viver.
É isso parceiro. A vida na lida não pode ser esquecida.
ExcluirObrigado pelo teu significativo e campeiro comentário.
Volte sempre!