Fim de tarde chegando a hora
da despedida do dia
boleia a perna a nostalgia
pra matear no coração
pois quem já foi de galpão
e se muda pra cidade
morre e não mata a saudade
daquela vida de peão
Saudade da faísca e da fumaça
e da brasa viva no tição
do calor do fogo-de-chão
e da cambona chiadeira
do café de chaleira
com uma boia de sal
que tinha gosto especial
ao rapar a frigideira
Na querência da cidade
emalado então me sinto
e a alma tem o instinto
de corcovear livremente
e a ânsia num repente
meu sentimento cutuca
pra fugir da "aripuca"
que sujeita este vivente
E com a nostalgia palanqueada
no tronco do coração
encilho o chimarrão
pra matear com as lembranças
e aquele tempo da infância
em um filme se apresenta
passando em câmera lenta
no qual me vejo criança
Pra que conhece essa lida, recorda com saudade esses tempos idos e até enxerga os apetrechos gaúchos. Grato p belas lembranças. Chinchado abraço esfumaçado.
ResponderExcluirUm abraço amigo. Obrigado pela visita no blog.
ExcluirBonita como sempre tuas poesias meu amigo. Um pedaço de nossa existência campeira.
ResponderExcluirObrigado pela visitanoblog. Um abraço!
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