Apareceu no galpão
uma gatinha magricela
dava pra contar as costelas
arisca e assustada
por sorte a cachorrada
quando ralhei atendeu
e a bichinha se encolheu
mostrando os dentes e arrepiada
Fui tenteando pra pegar
com jeito carinho e calma
com o comando da alma
e a dó no coração
sem condenar a intrusão
daquele ser no abandono
fui me sentindo o dono
pra aquerenciar no galpão
E é no galpão que ela fica
bisbilhotando e atenta
tem um "quê" de ciumenta
quando pra o cusco dou mimo
vem com um dengoso gimo
se roçar na minha canela
e ao dar mimo pra ela
mais de Deus me aproximo
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