Foto de Giancarlo M. de Moraes
A fumaça do
palheiro,
numa baforada
se foi
e um grito de
“êra” boi!
Se mandou
junto com ela
e a prenda lá
da janela,
atirou um
beijo doce,
como se o
beijo fosse,
o próprio
coração dela.
Um aceno de
chapéu,
correspondeu
ao carinho
e o carreteiro
sozinho,
some na curva
da estrada
e da carreta
pesada,
fica na areia
o rastro,
qual dois
carinhosos braços,
estendidos
para a amada.
Serão dias
longe dela,
contando a ida
e a volta,
tendo a
saudade de escolta
e a ânsia
usando a espora,
pra que chegue
então a hora,
daquele abraço
na china,
preludiando
uma noite divina,
a se findar
com a aurora!
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