Foto de Giancarlo M. de Moraes
Para
onde foi a sanga,
que eu
pescava com os guris,
joanas,
carutes, lambaris,
trairinhas
e jundiás,
no velho
poço do “Angá”,
onde o
banho era um retoço,
com a
água até o pescoço
e onde
eu aprendi a “nadá”?
Já não existe a pinguela,
daquele angico caído,
que tinha um galho torcido,
com um cipó enrolado,
onde os guris pendurados,
se faziam de artistas,
com façanhas malabaristas,
dando risadas e pelados.
Até o matinho dela,
que ia ao pé da coxilha,
onde eu cortava forquilhas
das pitangueiras e camboins,
em tudo deram um fim,
embebidos de ganância,
só ficando de herança,
saudade e revolta em mim!
Por que mataram a sanga,
não respeitando a coitada,
fonte de água abençoada,
que serpenteava lá fora?
Talvez a oferta de uns cobres,
promessa de enriquecer pobres,
que estão mais pobres agora!
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