Foto própria
Hoje comi um pão de casa,
como há tempos não comia,
lambuzado na chimia,
feitio próprio da minha china.
Com o leite da brasina,
deixei o café tordilho
e enfeitei o pão-de-milho,
com uma nata por cima.
Corria água da boca,
com aquele sabor campeiro
e o meu “eu” por inteiro,
teve ao passado um retorno,
ao sentir o cheiro morno,
enquanto o pão assava,
vi mamãe varrendo as brasas,
junto à boca do forno.
Daquelas manhãs e tardes,
tenho saudade e lembranças;
dos cafés na vizinhança,
com um gosto hospitaleiro,
do forno lá no terreiro,
feito de barro e tijolo,
me vindo agora o consolo,
no cheiro do pão caseiro!
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