Venho
sufocado com a carestia
neste
dia a dia que Deus me reserva
passo
no bolicho bem desanimado
e
inconformado com o preço da erva
já
deixei do pito pra bem do “polmão”
mas
com o chimarrão não dá pra “pará”
vou
cevar o mate em cuia pequena
e
chorar as penas do jeito que dá
“Para disfarçar um pouco o
calote
enfeitam o pacote com
brilho e brasão
e botam pra dentro tanta
porcaria
baita judiaria pra o pobre
do peão”
É
muita tristeza para um gaúcho
em
privar o bucho dum mate espumoso
e
ter de passar por este sacrifício
sem
saciar o vício é igual sarnoso
que
saudade sinto quando enchia a lata
da
erva barata na venda do João
e
uma cuia “véia” de botar inveja
dessas
que caleja a concha da mão
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