Foto de Giancarlo Marques de Moraes |
Por
velho traste é tratado agora o peão,
que com suas mãos fez a estância prosperar,
não
sabem estes que a herança recebida,
foi para
ele mais que a vida, mais que o lar.
O
patrãozinho que cavalgou nos seus joelhos,
virou a
cabeça renegando seu passado,
por um
cambicho escolada em maus conselhos
e que
aos poucos vai pelando os seus trocados.
Triste e
solito o velho peão remói a mágoa,
vendo a
estância sem remédio pra curar,
onde o
orgulho, a vaidade e o desperdício,
é uma
tropa magra que se importam em criar.
Os seus
arreios emalou a muito tempo,
pressentindo
que um dia mandarão,
que ele
cruze a porteira para sempre,
levando
apenas a saudade do patrão.
E o
rancho, presente do seu patrão,
com duas
braças estendidas ao redor,
cedo ou
tarde vai ter que virar tapera,
pouco importando se ele regou com o seu suor.
Apesar
da experiência em toda a lida
e a
saúde pra enfrentar novas andanças,
com sua
idade avançada embretará,
nos
corredores e porteiras "doutr' estâncias"!
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