nenhuma
nuvem no céu
cruza
na estrada um vivente
sombreado
pelo chapéu
Ligeirito
segue em frente
qual
um soldado marchando
é a inquietude do vivente
que
sobrevive changueando
Vai
o verão vem o outono
o inverno e a primavera
ora
operário ora colono
ora
tenteando na espera
A
idade arca no lombo
e a força foge dos braços
e entre tropeços e tombos
perde
o rumo dos passos
Quando
a sombra da morte
lhe
envolver com seu véu
talvez
ache seu norte
numa
estrada pra o céu
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