Foto de Jorge Luiz Laranjeira |
Braseiro,
espeto, sal
e
uma ponta de peito,
pra
ninguém botar defeito,
nem
criticar o ritual,
um
trago ao natural
no
bico de um borrachão,
a
cuia de chimarrão
no
sentido anti-horário,
está
o Rio Grande Lengendário
convivendo
em meu galpão.
Uma
prosa, um lembrete,
cantoria
e pacholeio,
um
rebenque no esteio,
junto
as esporas de um ginete,
um
basto no cavalete
sob
os pelegos e o xergão,
e
o calor do tição,
neste
campeiro cenário,
aquece o Rio Grande Legendário
no interior do meu galpão.
Recuedos
de quem foi moço,
na
tisna do picumã,
o
renascer das manhãs
no
café com a água do poço,
lenço
atado ao pescoço,
e
firmeza no garrão,
o
culto à tradição,
num
costume voluntário,
é o Rio Grande Legendário,
morando no meu galpão.
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