Rude utensílio campeiro
com verniz ao natural
faz parte do ritual
na ceva do chimarrão
e no aconchego do galpão
quando o tempo dá tempo
eu me refresco ou me aquento
contigo nas minhas mãos
Com goles de água quente
a tradição tu conservas
quando a infusão da erva
em teu bojo faz espuma
e a bomba se apruma
pra que a seiva chegue em mim
e eu sorva até o fim
o mate que tu me arrumas
Lá nos tempos de guri
te ajeitava pra um ninho
onde corruíras ou canarinhos
chocavam na primavera
e na saudosa tapera
com uma corda em teu pescoço
te mergulhava no poço...
"que água boa que era"
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