O vento num corrupiu,
varrendo o terreiro,
levantando folhas secas,
palhas, poeira e penas,
num verdadeiro “truvisco”,
enchendo os olhos de cisco,
da guria mais pequena.
Passou na fresta da cerca
e foi entrando na horta,
como sendo o próprio dono,
depois rumou pro arvoredo,
se esfregou no meu rancho,
e foi entrando de carancho,
quem sabe até por brinquedo.
Retoçou pela varanda,
pela cozinha e no quarto,
num esparramo total,
mesmo sem saber por quê.
Mexeu com tudo, rodopiou,
quebrando o “bibelô”,
de “riba” do “pixixê”.
Será que este fenômeno,
é força da natureza,
alma penada, saci ou boitatá,
que vagam assim sem rumo?
Ou é aquele Negrinho,
necessitando carinho,
ou um naquinho de fumo?