Páginas

Marcadores

quarta-feira, 27 de abril de 2022

...DAS LENDAS


O vento num corrupiu,

varrendo o terreiro,

levantando folhas secas,

palhas, poeira e penas,

num verdadeiro “truvisco”,

enchendo os olhos de cisco,

da guria mais pequena.


Passou na fresta da cerca

e foi entrando na horta,

como sendo o próprio dono,

depois rumou pro arvoredo,

se esfregou no meu rancho,

e foi entrando de carancho,

quem sabe até por brinquedo.


Retoçou pela varanda,

pela cozinha e no quarto,

num esparramo total,

mesmo sem saber por quê.

Mexeu com tudo, rodopiou,

quebrando o “bibelô”,

de “riba” do “pixixê”.


Será que este fenômeno,

é força da natureza,

alma penada, saci ou boitatá,

que vagam assim sem rumo?

Ou é aquele Negrinho,

necessitando carinho,

ou um naquinho de fumo?


Nenhum comentário:

Postar um comentário