Foto própria |
Ao passar pelo
bolicho,
“boliei” a
perna e entrei.
Mais pra matar
a saudade,
porque depois
que vim pra cidade,
nenhum igual
encontrei.
Aquele cheiro
d’erva e fumo,
ainda existe
por lá
e sobre o
balcão, o mesmo vidro,
de caramelos sortido,
que se babava
este piá.
Bem ao correr
do balcão,
um velho banco
de campanha,
onde a turma
lá de fora,
grudava a
bunda por horas,
nas prosas e
tomando canha.
Assim meio
retirada,
está a mesa
pra um lado
e se a memória
não me falha,
quatro cadeiras
de palha,
onde o pife
era carteado.
Já de melena
tordilha
e com a idéia
meio tonta,
seu Maneco me
atendeu
e o que ele me
vendeu,
queria botar
na conta.
Paguei as
compras ao velho
e com emoção
lhe abracei,
fiz logo uma
meia volta
e assim que
cruzei a porta,
engasgadito,
chorei!
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