Foto de Francielle V. Dalla Lana
Hoje, encontrei na estrada, um gaúcho bem pilchado, como a tempo
eu não via. Nos seus oitenta e lá vão janeiros, calejado da lida, humilde e
autêntico.
O lenço branco que
trazia atado ao pescoço, com suas franjas que desciam até quase a fivela da
guaiaca, foi o que mais me chamou a atenção, pois lembrei muito do meu avô, que
assim também usava e cujo lenço ainda hoje tenho comigo.
Ligeiramente, me
passou pela memória cenas de outros gaúchos que conheci, os quais viveram a
legítima tradição gaúcha, herdada de tauras que não são mais comuns em nosso
meio.
O modernismo, os
“conhecedores” da tradição gaúcha adquirida em gabinetes e historiadores sem
história, abafam aquela autenticidade de quem realmente viveu os tempos de um
Rio Grande do Sul farrapo, com suas raízes firmes e fortes que fizeram-no
frondoso por suas lutas e glórias.
Lembrando daquele
gaúcho que encontrei, com o lenço comprido, pergunto:
- Será que estes
gaúchos de agora, que se preocuparam em encurtar o lenço, dando medida
milimétrica, são mais gaúchos do que aquele do lenço longo? Será que dentro de
suas malas de garupa tem um passado que realmente dê força para tal inovação?
Tradição não muda, é
o laço do passado e o presente!
Para quem conhece tradiçao, baita texto. Parabens. Sinchado abraço. Galdino
ResponderExcluirObrigado. Volte sempre. Grande abraço!
ResponderExcluir