Desenho de Felício Lampert |
Bem na
frente do bolicho,
parou
mas não chegou,
olhou
para trás e não voltou.
Novamente
seguiu e na canhada sumiu
e mais
adiante, lá na coxilha ressurgiu.
Já quase
findando o dia,
no mesmo
tranco seguia.
Minha
vista, mesmo no lusco-fusco ainda o viu,
até que
foi sumindo, sumindo e a distância o engoliu.
Talvez
amanhã, ou depois,
lá por
outra querência,
passe
com a mesma paciência,
silencioso,
acomodado no arreio e solito.
Canha,
rapadura e fumo para o pito,
busque
“n’algum” balcão de bolicho,
se
achegue ao ouvir cochichos,
boleie a
perna, quem sabe contra o próprio desejo
e ao
partir, deixa indagações sobre si,
aquele desconhecido andejo!
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