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quinta-feira, 6 de junho de 2013

DE VOLTA

Levantou lá na coxilha
no corredor uma poeira
e uma silhueta campeira
contra o sol se destacava
do rancho a china espiou
e pra santinha rezou
pelo amor que voltava

Atou na trança uma fita
mirou de novo a janela
depois seguiu pra cancela
com lágrimas banhando o rosto
um piazito no braço
imaginando o abraço
e um beijo de todo gosto

A ânsia tomou o lugar
onde roía a saudade
que se juntou com a vontade
de carinhos no arremate
e que andavam ausentes
mas que chegariam mais quentes
que a água pronta pra o mate

Com meia braça de sol
surgiu  na taipa do açude
aquela estampa rude
porém de alma divina
que apesar do cansaço
guardou forças para o abraço
no piazito e na china

No aconchego do fogo
se estirou num pelego
o piá não dava sossego
até que o sono chegou
a noite veio de manso
e com o frenesi no rancho
o lampião se apagou

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