Levantou
lá na coxilha
no
corredor uma poeira
e uma
silhueta campeira
contra o
sol se destacava
do
rancho a china espiou
e pra
santinha rezou
pelo
amor que voltava
Atou na
trança uma fita
mirou de
novo a janela
depois
seguiu pra cancela
com lágrimas
banhando o rosto
um
piazito no braço
imaginando
o abraço
e um
beijo de todo gosto
A ânsia
tomou o lugar
onde
roía a saudade
que se
juntou com a vontade
de
carinhos no arremate
e que
andavam ausentes
mas que
chegariam mais quentes
que a
água pronta pra o mate
Com meia
braça de sol
surgiu na taipa do açude
aquela
estampa rude
porém de
alma divina
que
apesar do cansaço
guardou
forças para o abraço
no
piazito e na china
No
aconchego do fogo
se
estirou num pelego
o piá
não dava sossego
até que
o sono chegou
a noite
veio de manso
e com o
frenesi no rancho
o
lampião se apagou
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