Um
alarido no terreiro,
dos
meus piás e os da vizinhança,
encenavam
uma festança,
de
um comércio fictício,
carreira
de compromisso,
na
garantia do pé,
onde
os meus levavam fé,
no
caçula o mais petiço.
Um
metro e meio de taquara,
simbolizando
o parelheiro
e
folhas do abacateiro,
é
que recheavam as guaiacas,
no
fim dos trilhos uma estaca,
demarcava
a chegada
e
o montante da parada,
sobre
um retalho de capa.
Eu
chimarreava pra um lado,
fingindo
estar alheio,
mas
sentindo certo anseio,
porque
já passei por isto,
tanto
foi que o reboliço,
mexeu
com meu interior,
me
levando ao partidor,
pra
incentivar meu petiço.
O
outro piá regulava,
mais
ou menos com o meu,
mas
o caçula cresceu,
ao
sentir minha presença,
pois
lhe passei experiência,
pra
conduzir o jardeio,
e
assim que o outro veio,
ele
fez a diferença.
O
guri adversário,
era
ligeiro e esperto,
cada
vez ia mais perto,
causando
certo assombro,
mas
numa torcida de lombo,
meu
piá atravessou o cavalo,
dando
no outro um pealo,
deixando
o coitado zonzo.
O
caçula foi até o fim,
se
achando o maioral,
mas
eu lhe fiz um sinal,
com
um olhar negativo,
pois
não havia motivo,
pra
usar de falcatrua
e
lá mesmo chamei nas puas,
passando-lhe
um corretivo.
Corri
até a estaca,
já
empunhando meu relho,
uns
laçassos e um conselho,
passei
assim de primeira,
dei
por perdida a carreira,
sem
o aval de ninguém,
pois
quero homens de bem
e
não sujos e calaveiras.
Fiquei
com dó do coitado,
mas
tinha que corrigir,
não
se conquista o porvir,
andando
fora do trilho
e
uma vida com brilho,
com
hombridade e confiança,
é
a melhor parte da herança,
que
um pai deixa para os filhos!
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