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quinta-feira, 3 de junho de 2021

NO SOPRO SUAVE DO VENTO

 

Depois da lida me ajeito

pra um chimarrão e um palheiro

fico bombiando no terreiro

o retoço da criação

e a sombra torta do moirão

faz me lembrar uma serpente

e o Astro Rei no poente

ainda lambe o galpão

 

Conto causos pra mim mesmo

que ouvi ou que invento

vou longe nos pensamentos

que até me perco nas horas

parece que vai embora

minh’alma num voo lento

no sopro suave do vento

que só existe aqui fora

 

No último ronco do mate

e o pito já pitado

levanto meio de lado

e vou ajeitando a carcaça

enquanto o tempo esvoaça

e um tico-tico canta

agradeço a minha Santa

por mais um dia de Graças


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