Depois
da lida me ajeito
pra
um chimarrão e um palheiro
fico
bombiando no terreiro
o
retoço da criação
e
a sombra torta do moirão
faz
me lembrar uma serpente
e
o Astro Rei no poente
ainda
lambe o galpão
Conto
causos pra mim mesmo
que
ouvi ou que invento
vou
longe nos pensamentos
que
até me perco nas horas
parece
que vai embora
minh’alma
num voo lento
no
sopro suave do vento
que
só existe aqui fora
No
último ronco do mate
e
o pito já pitado
levanto
meio de lado
e
vou ajeitando a carcaça
enquanto
o tempo esvoaça
e
um tico-tico canta
agradeço
a minha Santa
por
mais um dia de Graças
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