As palmas das mãos se aquentam
com uma cuia entre elas
e a ideia abre a cancela
dando vazas às lembranças
que se perdem nas distâncias
longínquas do pensamento
quando solito me sento
chimarreando minha infância
Feliz é aquele que pode
boas lembranças recordar
e a criança reencontrar
nos mates de devaneio
e num particular rodeio
de lembrança e de saudade
laçar com a mesma vontade
que laçava no recreio
Volto ao começo da estrada
que não sei onde é o fim
mas sei de onde eu vim
sem saber pra onde vou
sei que o tempo não parou
e vai continuar sua andança
trazendo sempre a lembrança
de quem comigo mateou
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