Pelo
caminho atrás da horta, que contornava o mato na cabeceira da sanga, era por
onde se chegava na fonte.
Uma
picada com degraus calçados com pedaços de troncos e raízes dava acesso à
cacimba.
Nas
manhãs de cerração, conforme ela ia levantando, os raios de sol furavam as
copas das árvores formando faixas verticais nebulosas, que ressaltavam as teias
de aranha com seus candelabros de pequeninas gotas e depois iam se refletir
naquele espelho cristalino.
O
cheiro fresco do mato, o canto dos pássaros e das saracuras furtivas, o barulho
da água que descia suave pela mini cascata, foram as notas que a natureza usou
para compor uma nostálgica sinfonia que iria ficar para sempre gravada na
memória de quem lá enchia as vasilhas e por vezes ficava sentado sobre os
próprios calcanhares devaneando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário