Foto de Giancarlo M. de Moraes
Vou pra
fora ver meu rancho
a
criação e as plantastirar o pó da garganta
boleando um trago de canha
relaxar a ossamenta
e entupir as minhas ventas
com o ar puro da campanha
Vou
andar de “pé no chão”
pra
descarregar a carcaçae fazer alguma arruaça
com a cuscada numa boa
um esparramo nos patos
que alçam voo sobre o mato
depois pousam na lagoa
me enfurnar no galpão
remexendo a cacaria
depois eu lavo o "focinho"
e junto à cerca com o vizinho
“botemo as fofoca” em dia
Mais
tarde contemplo a noite
pra encher
os olhos de estrelassó lá fora posso vê-las
sem o clarão da cidade
sinto o sereno caindo
e então quase dormindo
vou consolando a saudade
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