Foto de Giancarlo M. de Moraes
Lá pelo
fim da tarde
o eco da
voz do peão
galopa
como um refrão
já
encerrando a jornada
toma,
toma, toma, toma
e num
ritual corriqueiro
espalha
pelo potreiro
pontas
de cana cortada
O gado
manso se chega
correspondendo
ao chamado
algum
arisco e desconfiado
espicha
a língua e o pescoço
os
porcos vem no entrevero
e os
cuscos flor de campeiros
vão controlando
o retoço
Um
piazito de bombacha
fica por
trás do moirão
mas tem
um relho na mão
pra usar
se for preciso
e
completando o cenário
as
comadres lá nas casas
ficam
com a goela em brasa
de
matear e bater guizo
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