Uma estrada do gado
junto ao capão de “ocalito”
e um palanque solito
lembrando a antiga mangueira
a malha de taquareira,
se balançando com sono
e o velho cinamomo,
esgoelado por uma figueira
Resquícios de um velho forno
nos tocos de tarumã
um pé antigo de romã
o esqueleto de um arado
fios de arame farpado
que a ferrugem vai comendo
como a saudade roendo
dentro de nós o passado
Só sobrou do arvoredo
um toco aqui e outro ali
e do poço que bebi
nem o bocal eu achei
imaginando matei
a sede como outrora
e a água naquela hora
foram as lágrimas que chorei
Nenhum comentário:
Postar um comentário