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domingo, 7 de junho de 2020

... DAS TAPERAS


Uma estrada do gado
junto ao capão de “ocalito”
e um palanque solito
lembrando a antiga mangueira
a malha de taquareira,
se balançando com sono
e o velho cinamomo,
esgoelado por uma figueira

Resquícios de um velho forno
nos tocos de tarumã
um pé antigo de romã
o esqueleto de um arado
fios de arame farpado
que a ferrugem vai comendo
como a saudade roendo
dentro de nós o passado

Só sobrou do arvoredo
um toco aqui e outro ali
e do poço que bebi
nem o bocal eu achei
imaginando matei
a sede como outrora
e a água naquela hora
foram as lágrimas que chorei

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