Vinha com
léguas de estrada
no lombo da
minha tordilha
quando avistei
lá na coxilha
as grimpas de
um catavento
pra quem
andava sedento
e louco por um
chimarrão
ao ver o
rancho meu irmão
senti um calor
por dentro
Dei um cutuco
na égua
me ajeitando
no basto
mudou até o
compasso
do coração no
meu peito
eu sempre
chego com jeito
nos ranchos
deste meu pago
onde me vem um
amargo
com erva buena
e bem feito
Dei oh de
casa! Da estrada
e ouvi um
chegue pra diante
boleei a perna
e num instante
apareceu um
paisano
dizendo buenas
hermano
te aprochega
para um mate
pronunciado
num sotaque
brasileiro/castelhano
Dei água para
a tordilha
depois segui a
jornada
bater casco
nas estradas
esta é a minha
identidade
mas quando
aperta a vontade
dum mate pra
matar a sede
sempre tem
quatro paredes
nos dando
hospitalidade
Assim vou
passando os anos
assim vou
levando a vida
faz parte da
minha lida
chimarrear em
algum momento
sou calmo não
sou briguento
sou da paz reprovo a guerra
e que Deus me
guie aqui na Terra
até findar o
meu tempo
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