No
mato a gente se pelava,
pra
na sanga tomar banho,
não
tinha nada de estranho
pra
gurizada de fora,
nadava-se
por mais de hora,
aproveitando
o mormaço,
dando
coice e manotaço
como
bagual na espora.
Num
lugarzito mais fundo,
onde
a água era bem limpa,
subia-se
lá nas grimpas
do
angico pra um mergulho,
no
poço do pedregulho,
a
gente se divertia,
quando
lá embaixo se ouvia,
das
“borbolhas” o barulho.
Uns
se atiravam de bico,
outros
saltavam de pé
quem
não ia era “muié”,
chamavam Chica pelanca,
enferruscavam
a carranca,
corriam
pra pegar a gente,
balançando
o da frente
e
relampeando a bunda branca.
São
recuerdos da infância,
que
nos levam lá pra fora,
por
vezes até se chora,
num
misto alegre/triste,
em
nosso íntimo existem
estas
saudosas histórias,
que
nos brotam da memória,
quando
a saudade persiste!
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