Sem sorte e
sem rumo certo,
passou nas
estradas e nos corredores,
fantasiando
sonhos de muitos amores,
com cartas
velhas, nos papéis em branco.
Mais de cem
cuscos lhe fizeram guarda,
chuva, sol
quente e brasinas geadas,
calaram fundo,
mudando seu tranco.
Tinha um
sorriso pra cada pessoa
e um buenas
tarde de tremer o peito,
alguma changa,
quando desse o jeito,
pra os pilas
curtos render canha e fumo.
Sua pilcha, de
remendos largos,
um pala
branco, que já estava pardo
e um chapéu
preto, que virou lobuno.
Por lobisomem,
ás vezes passava,
na prosa séria
da vil gurizada,
em histórias
ingênuas, sendo fantasiadas,
entre
suspense, segredo e mistério.
Léguas e
léguas batidas de chão,
na confiança
de um velho bastão,
cetro
simbólico de um falso império.
Notícia vinda
de outras querências,
sobre a
partida daquele mulato.
Com egoísmo,
ignoraram o fato,
que Deus
chamara ao céu mais um filho,
dando-lhe vida
através da morte,
pra que
achasse enfim, o rumo e a sorte,
junto a Ele, o
pobre andarilho.
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