Lá vem ele devagarito,
pela mesma estrada medindo os passos,
balançando o corpo e sempre solito,
carregando o tempo no seu compasso.
Já perdeu a conta de idas e voltas,
em milhões de passos no mesmo caminho,
vida sofrida porém sem revoltas,
lá vem novamente, falando baixinho.
Segurando
firme o velho bastão,
lá
vem rengueando o pobre ancião,cabeça baixa sob o chapéu.
Nunca
foi de caminhar ligeiro,
e
talvez por isto aquele estradeirolevará tempo até chegar no céu!
Belíssima poesia, amigo Moraes!!
ResponderExcluirObrigado Sarturi. Volte sempre!
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