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sexta-feira, 3 de maio de 2013

CARREGANDO O TEMPO




Lá vem ele devagarito,
pela mesma estrada medindo os passos,
balançando o corpo e sempre solito,
carregando o tempo no seu compasso.

Já perdeu a conta de idas e voltas,
em milhões de passos no mesmo caminho,
vida sofrida porém sem revoltas,
lá vem novamente, falando baixinho.

Segurando firme o velho bastão,
lá vem rengueando o pobre ancião,
cabeça baixa sob o chapéu.

Nunca foi de caminhar ligeiro,
e talvez por isto aquele estradeiro
levará tempo até chegar no céu!

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